quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Faringite



  A faringite é uma inflamação da faringe (área da garganta que está situada entre as amígdalas e a laringe). A doença pode tanto ser o primeiro sintoma de um simples resfriado quanto de um problema mais grave, como uma virose chamada mononucleose, muito comum em crianças.
A faringite pode ocorrer em infecções virais (resfriado comum, gripe e mononucleose infecciosa) e em infecções bacterianas (faringite estreptocócica) e por doenças sexualmente transmissíveis (blenorragia, gonorréia, etc.).
Os sintomas, que incluem a dor de garganta e a dor à deglutição, são semelhantes tanto na faringite viral quanto na bacteriana. Em ambas, a membrana mucosa que reveste a faringe pode estar discreta ou intensamente inflamada e recoberta por uma membrana esbranquiçada ou uma secreção purulenta. A febre, o aumento dos linfonodos do pescoço e o aumento da contagem de leucócitos no sangue caracterizam tanto a faringite viral quanto a bacteriana, mas podem ser mais pronunciados na forma bacteriana. Esta afecção frequentemente se estende também às amígdalas (tonsilas), denominando-se faringotonsilite.
A porta de entrada é a oral, pela saliva que as pessoas expelem ao falar, tossir, espirrar ou num beijo. A faringotonsilite é uma das infecções mais comuns em crianças entre os 4 e os 15 anos de idade, sobretudo nos primeiros anos escolares.


Classificação

Faringite Viral:
  Usualmente, não há secreção purulenta na garganta, febre baixa ou ausência de febre, contagem de leucócitos normal ou discretamente elevada, linfonodos normais ou discretamente aumentados, exame do swab da garganta negativo, ausência de crescimento de bactérias na cultura laboratorial.

Faringite Bacteriana:
  Secreção purulenta na garganta muito comum, febre leve a moderada, contagem de leucócitos no sangue discreta a moderadamente elevada, linfonodos discretamente a moderadamente aumentados, exame do swab da garganta positivo para a faringite estreptocócica, crescimento bacteriano na cultura laboratorial.


Causas

  A faringite que acontece subitamente, também chamada de "faringite aguda", pode ser causada por bactérias ou por vírus. Em geral, é uma infecção viral que começa o ataque, predispondo a colonização e infecção por bactérias. Os vírus implicados com maior freqüência são os rinovírus, corona vírus, adenovírus, influenza e para influenza.
Entre as bactérias destacam-se o estreptococo beta-hemolítico, o pneumococos, o mycoplasma pneumoniae, o staphylococcus aureus e o haemophilus influenzae.
Já a faringite que dura um longo tempo, chamada de "faringite crônica", ocorre quando uma infecção se "espalha" de outro lugar (como o nariz) para a faringe.


Diagnóstico

  O médico ouvirá seus sintomas e examina-lo-á. Se necessário, solicitará uma laringoscopia. Podendo também ser detectada através do exame da tireóide e dos gânglios do pescoço. Alguns exames laboratoriais e radiografia podem ser solicitados.
Quando a laringite aguda é causada por vírus, os sintomas desaparecem sem necessidade de tratamento. Já a crônica, deve melhorar com uma semana de repouso. Ou no caso de nódulos, somente com a cirurgia.


Os sintomas

  • Irritação na garganta;
  • Febre;
  • Pus na garganta; (na bacteriana)
  • Dor de ouvido;
  • Dificuldade para engolir;
  • Presença de catarro amarelado, na garganta e nas vias respiratórias.
  • Alguns casos também envolvem vômitos e dor de cabeça.


Tratamento

  Os analgésicos comuns, as pastilhas para a garganta ou o gargarejo com água morna e sal podem aliviar o desconforto da garganta, mas a aspirina não deve ser utilizada em crianças e adolescentes com menos de 18 anos devido ao risco da Síndrome de Reye. Os antibióticos não são úteis quando a infecção é viral, mas podem ser prescritos quando o médico suspeita fortemente que a infecção é de origem bacteriana. Caso contrário, nenhum antibiótico é administrado até os exames laboratoriais confirmarem um diagnóstico de faringite bacteriana. Quando os exames indicam que a faringite é causada por uma infecção estreptocócica (faringite estreptocócica), o médico prescreve a penicilina, normalmente sob a forma de comprimidos, para erradicar a infecção e prevenir complicações como a moléstia reumática (febre reumática). Os indivíduos alérgicos à penicilina devem utilizar a eritromicina ou um outro antibiótico.
Pode ocorrer associada a uma sinusite e portanto ambas devem ser tratadas simultaneamente para ser eficaz. Assim como na sinusite, a congestão nasal e a dor de cabeça podem ser parcialmente aliviadas ao limpar o nariz com uma solução salina (água com uma pitada de sal), vendidos em diversos formatos.

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