quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Coqueluche


  É uma das mais famosas doenças da infância, causada pela bactéria Haemophilus pertussi, que se instala na mucosa das vias respiratórias (laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos). A proliferação das bactérias causa forte irritação, com grande produção de muco (catarro). Toxinas produzidas pelas bactérias irritam terminações nervosas, desencadeando acessos de tosse, típicos da doença.
A coqueluche é prevenida pela vacina tríplice, que protege também contra a difteria e o tétano. Essa vacina é administrada em três doses, uma a cada trinta dias, a partir do segundo mês de vida.

 

Diagnóstico


  Em média, os sintomas começam 7 a 10 dias após a exposição à bactéria causadora da coqueluche. As bactérias invadem o revestimento da garganta, da traquéia e das vias aéreas, aumentando a secreção de muco. A princípio, o muco é fluido, mas, a seguir, ele torna-se mais espesso e viscoso. A infecção dura aproximadamente seis semanas, evoluindo em três estágios: estágio catarral (sintomas leves semelhantes ao de um resfriado), estágio paroxísmico (episódios de tosse intensa) e estágio de convalescença (recuperação gradual). O médico que examina uma criança no primeiro estágio (catarral) tem de saber diferenciar a coqueluche da bronquite, da gripe e de outras infecções virais e inclusive da tuberculose, uma vez que todas essas doenças produzem sintomas parecidos. O médico coleta amostras de muco do nariz e da garganta com uma zaragatoa. A seguir, é realizada a cultura da amostra em laboratório. Quando a criança se encontra no estágio inicial da doença, a cultura do material consegue identificar as bactérias responsáveis pela coqueluche em 80 a 90% dos casos. Infelizmente, a cultura dessas bactérias nas fases mais avançadas da doença é difícil, embora a tosse esteja em sua pior fase. Os resultados podem ser obtidos mais rapidamente através do exame de amostras para detectar bactérias da coqueluche utilizando corantes de anticorpos especiais, mas esta técnica é menos

 

Sintomas


  Após período de incubação de 5 a 10 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com rinorreia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas. A inflamação dos brônquios, com áreas de necrose, aumenta nesta fase.
Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vômitos. A tosse segue-se a uma inspiração com som caracteristico, tipo silvo (mais conhecido como "guincho").
Se o doente sobreviver, a fase de convalescença dura também várias semanas. A pertússis mata 1-2% das crianças com menos de um ano atingidas.
Pode haver encefalopatia, presumivelmente devido à toxina, em 0,4% dos casos.
As complicações possíveis são devidas a organismos (como pneumococos ou Haemophylus influenzae) que aproveitam as lesões da mucosa para invadir o parênquima pulmonar, causando pneumonia.

Tratamento


  A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação (é incluída na antiga tríplice agora, tetravalente) é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a doença dos países onde é praticada eficientemente.
O tratamento com antibióticos como macrolídeos é mais eficaz se administrado durante a fase catarral. Na fase paroxística já há pouco a fazer.

 

Prevenção


  As crianças são vacinadas sistematicamente contra a coqueluche. Em geral, a vacina contra coqueluche é combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a vacina DTP (difteria-tétano-pertússis). O antibiótico eritromicina é administrado como medida profilática às pessoas expostas à coqueluche.

Nenhum comentário:

Postar um comentário