quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sistema Respiratório  

Sistema respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas gasosas do organismo dos animais com o meio ambiente, ou seja, a hematose pulmonar, possibilitando a respiração celular. Nos vertebrados terrestres, o sistema respiratório é fundamentalmente formado por dois pulmões. Mas nos animais aquáticos, como peixes e moluscos, o sistema baseia-se nas brânquias, enquanto que nos artrópodes terrestres, a respiração é assegurada por um sistema de traquéias.Nos organismos unicelulares e em alguns animais, como as esponjas e celenterados, assim como nas "plantas" (no sentido da taxonomia de Lineu), não existe um verdadeiro sistema respiratório, sendo a respiração celular assegurada por trocas gasosas diretas entre as células do organismo e o meio ambiente.


Sistema Respiratório dos Vertebrados Terrestres


  Os órgãos do sistema respiratório dos vertebrados terrestres, além de dois pulmões, são: fossas nasais, boca, faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios (e suas subdivisões), bronquíolos (e suas subdivisões), e os alvéolos pulmonares reunidos em sacos alveolares.
  A função principal do sistema respiratório é basicamente garantir as trocas gasosas com o meio ambiente. O processo de troca gasosa no pulmão, dióxido de carbono por oxigênio, é conhecido como hematose pulmonar. Mas também ajuda a regular a temperatura corpórea, o ph do sangue e liberar água.
  A inspiração e a expiração são processos passivos do pulmão já que ele não se movimenta isso fica a cargo do diafragma, dos músculos intercostais e da expansibilidade da caixa torácica, que garante a consequente expansão do pulmão graças à coesão entre a pleura parietal (fixa na caixa torácica) e a pleura visceral (fixa no pulmão).
  O ar inspirado, rico em oxigênio, passa pelas vias respiratórias, sendo filtrado, umedecido, aquecido e levado aos pulmões. No íntimo pulmonar o oxigênio do ar inspirado entra na circulação sanguínea e o dióxido de carbono do sangue venoso são liberados nos alvéolos para que seja eliminado com o ar expirado. O ar expirado é pobre em oxigênio, rico em dióxido de carbono e segue caminho oposto pelo trato respiratório.
  A respiração, ou melhor, dizendo, a ventilação pulmonar, é um processo "semi-automático", que permite a intervenção do sistema nervoso central, mas normalmente é controlada pelo bulbo (que controla a amplitude e frequência da respiração), o diafragma é controlado pelo nervo frênico. O bulbo é sensível às variações de ph do sangue. Ao faltar oxigênio na corrente sanguínea, ocorre um aumento da concentração do íon bicarbonato (HCO3, forma na qual ocorre a maior parte do transporte de gás carbônico no sangue) de caráter ácido, acarretando uma redução do ph e a consequente resposta do bulbo a esta variação, que consiste em aumentar a frequência respiratória.

 

Vias respiratórias


São assim denominadas as estruturas responsáveis pelo transporte do ar aos pulmões no organismo humano. Essas estruturas são anatomicamente separadas em:

  • Nariz   
  • Fossas nasais (nasofaringe)
  • Faringe
  • Laringe
  • Traquéia
  • Brônquios, subdivididos em:
  • Brônquios principais
  • Brônquios lobares
  • Brônquios segmentares
  • Bronquíolos (onde acontece a hematose)
  • Alvéolos

 
  O epitélio respiratório (pseudo-estratificado, ciliado, não-queratinizado) é a mucosa que reveste boa parte do trato respiratório, estendendo-se das fossas nasais até os brônquios. Esse epitélio é responsável pela filtração, aquecimento, e umidificação do ar inspirado. A filtração é possível graças à presença de muco secretado pelas células caliciformes e dos cílios que orientam seus batimentos em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas estranhas no pulmão; enquanto o aquecimento é garantido pela rica vascularização do tecido, principalmente nas fossas nasais.
  A laringe tem importante função ao impedir a entrada de alimento nas vias aéreas inferiores e garantir a fonação. No homem, é formada por nove peças de cartilagem: a cartilagem tireóide, localizada anteriormente e em forma de duas placas formando um diedro, esta é a cartilagem da laringe que forma a proeminência laríngea ou pomo-de-adão; inferiormente instala-se a cartilagem cricóide, que possui um formato de anel e conecta-se com a extremidade superior da traqueia; posterior à cartilagem tireóide está o par de cartilagens aritenóides, que são presas à região supero-posterior da cartilagem cricóide; fixas sobre cada cartilagem aritenóide encontra-se uma cartilagem corniculada; anteriores às cartilagens aritenóides e posteriores à cartilagem tireóide encontram-se as duas cartilagens cuneiformes; e por cima da estrutura da laringe se encontra a cartilagem epiglótica, mobilizável pelos músculos da laringe para fechar a epiglote durante a deglutição. Todas essas cartilagens são unidas por tecido fibroso e músculos. As pregas vocais (cordas vocais) são duas pregas músculo-membranosas presentes na parede posterior da cartilagem tireóide, que aumentam ou reduzem a luz da rima da glote (abertura entre as pregas vocais) produzindo sons durante a passagem de ar.
  A traqueia é formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C", feixes musculares lisos, uma capa interna de epitélio respiratório, e mais externamente de tecido conjuntivo que envolve todas essas estruturas. Inferiormente se subdivide e dá origem a dois brônquios que penetram no pulmão pelo hilo do pulmão.                          
Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo sucessivas ramificações até virarem bronquíolos terminais.

Definição



  Doenças respiratórias são aquelas que atingem órgãos do sistema respiratório (pulmões, boca, faringe, fossas nasais, laringe, brônquios, traquéia, diafragma, bronquíolos e alvéolos pulmonares).
  As enfermidades do sistema respiratório mais frequentes são: bronquite, rinite, sinusite, asma, gripe, resfriado, faringite, enfisema pulmonar, câncer de pulmão, tuberculose e pneumonia. 
  As causas destas doenças podem ser diversas. Fumo, alergias (provocada por substâncias químicas ou ácaros), fatores genéticos, infecção por vírus e respiração em ambientes poluídos estão entre as principais causas destas doenças.
   Nas grandes cidades, estas doenças estão cada vez mais comuns, principalmente em função da poluição do ar. O monóxido de carbono e o dióxido de carbono são gases poluentes originados da queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) e são muito  prejudiciais ao aparelho respiratório do ser humano. A inalação destes gases pode provocar o surgimento de algumas destas doenças.
  As doenças do sistema respiratório possuem sintomas específicos, que permitem seu diagnóstico preciso, geralmente é realizado pela observação clínica, com testes da função respiratória, testes de sons respiratórios, broncografia, broncoscopia, laringoscopia, radiografia pulmonar de massa, depuração mucociliar, testes de provocação nasal, rinomanometria e rinometria acústica,mas alguns deles são bastante comuns, que se percebe por detalhes como a tosse, a rouquidão, o nariz entupido, dores no peito, dores de garganta, garganta irritada, pingo no nariz, dificuldade em respirar e dispnéia. Esses sintomas são alguns dos atinentes às seguintes doenças do sistema respiratório: broncopatia, pneumopatia, transtornos respiratórios, fístula do trato respiratório, doenças torácicas, transtornos da motilidade ciliar, doenças nasais, hipersensibilidade respiratória, infecções respiratórias, doenças da traqueia, doenças da laringe ou laringopatias, doenças pleurais, anormalidades do sistema respiratório e neoplasias do trato respiratório.

Doenças

Sinusite


A sinusite é uma inflamação de cavidades existentes nos ossos da face, o seio da face ou sinus. Essas cavidades têm comunicação com as fossas nasais e podem ser invadidas por bactérias, que desencadeiam um processo infeccioso. Na sinusite aguda, a pessoa tem dor em diversas regiões da face e há corrimento nasal mucoso e, às vezes, purulento (com pus).


Classificação

Esta patologia pode se dividir em três tipos:

1.    Infecciosa: a sinusite neste caso tem características de dor na região dos seios da face, seguida de obstrução nasal, secreção purulenta e febre.
2.    Alérgica: apresenta dor nos ossos da face, ocasionalmente febre e vem com todos os sintomas comuns da alergia, coriza clara e abundante, obstrução nasal e crises de espirros.
3.    Traumática: causada por diferença de pressão. Por exemplo, durante viagens de avião ou mergulho. Suas características são a dor maxilar e pouca obstrução nasal.
Além disso, elas são classificadas de acordo com o tempo que duram
Aguda: Duração de menos de 1 mês.
Sub-aguda: Duração entre 1 e 3 meses.
Crônica: Duração superior a 3 meses
Aguda recorrente: 3 ou mais episódios por ano, com cada episódio durando menos de duas semanas.


Causas

  Os casos mais comuns que podem desencadear a sinusite são: a gripe comum, alergia, desvio do septo nasal e condições climáticas aversivas. As infecções mais frequentes são por infecção viral pelo rinovírus, adenovirus, vírus respiratório sincicial ou/e para-influenza. A infecção pode acometer diretamente a mucosa de várias cavidades paranasais simultaneamente. Em biópsias de casos cirúrgicos geralmente identificam vários agentes infecciosos presentes simultaneamente em mais de uma via respiratória. Em alguns raros casos a origem de sinusite maxilar pode ser uma infecção nos dentes.


Diagnóstico


O processo de diagnóstico se inicia e muitas vezes são suficientes com uma história clínica bem colhida, associada a um exame físico bem feito. A critério médico podem ser utilizados exames radiológicos, como o Raios x de Seios da Face, ou Seios Paranasais, destacando que para melhor identificação é recomendado uma tomografia computadorizada de Seios Perinasais.

 

Sintomas

  •  Dor de cabeça forte;
  • Obstrução nasal;
  • Febre;
  • Coriza;
  • Espirros;
  • A dor pode aumentar quando o paciente está curvado ou deitado.

Prevenção


  Existem várias maneiras de prevenir a sinusite. O primeiro passo é fazer de tudo para garantir uma boa função nasal, é manter as cavidades bem ventiladas, o que pode ser feito limpando bem o nariz com uma solução salina (água com uma pitada de sal ou soro fisiológico). Manter a casa bem limpa também contribui na prevenção de alergias. Beber bastante água ajuda a manter os mucos menos densos. Um alergista pode fazer um exame para verificar as quais possíveis agentes alergênicos o paciente reage.
Resfriado

Gripe ou resfriado qual a diferença

  O resfriado comum pode ser causado por diversos tipos de vírus e é mais propícia no inverno, época em que as células do corpo se tornam mais susceptíveis a infecções.    Os vírus se instalam nas células da cavidade nasal e da faringe, provocando inflamações.


Modo de transmissão

No bocejo da pessoa infectada.
Na fala da pessoa infectada.
Na hora que a pessoa infectada tosse.
Neste caso existem varias outras formas de transmissão de reatriado.


Principais Sintomas

  • Nariz com secreção (coriza) intensa – como água nos primeiros dias. Mais adiante, pode tornar-se espessa e amarelada;
  • Obstrução do nariz dificultando a respiração, espirros, tosse e garganta inflamada (dolorosa);
  • Diminuição do olfato e da gustação;
  • Voz “anasalada” (voz da pessoa que está com o nariz entupido);
  • Rouquidão;
  • Dores pelo corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Febre (pode ocorrer em crianças). Incomum em adultos.
  • Adultos podem ter febre baixa, enquanto as crianças podem ter febre alta;


Tratamento

  O tratamento é meramente sintomático no de etiologia viral, enquanto o resfriado de origem bacteriana tem tratamento com antibióticos. Raramente, complica em pneumonia. Esta patologia é transmitida quando uma pessoa esta infectada e entra em contato com outras pessoas não infectadas.
Pneumonia

  Pneumonia é uma infecção ou inflamação dos pulmões. Pode ser causada por vários microrganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Mais de metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais frequente. Muitas vezes, a pneumonia evolui a partir de uma simples gripe ou constipação mal curada.
  A pneumonia bacteriana clássica inicia-se de forma abrupta, com febre, calafrios, dores no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada por vezes com sangue à mistura.
  Na maioria dos casos, as pneumonias tratam-se em casa, com antibióticos, mas o internamento hospitalar pode ser necessário, em particular quando o paciente é idoso.
  No ano de 2007, mais de 34.000 pessoas foram internadas em Portugal com esta doença. A pneumonia foi a causa de morte de seis mil portugueses em 2006, de acordo com dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.
  
Causas


  A pneumonia bacteriana é a mais freqüente, ocorrendo em aproximadamente  50% dos casos. A causa mais comum de pneumonia bacteriana em adultos é uma bactéria chamada Pneumococo. As bactérias estão presentes na cavidade oral de algumas pessoas normais. Quando as defesas do organismo enfraquecem, elas podem ser aspiradas para os pulmões e causa a pneumonia. Pessoas debilitadas e alcoólatras apresentam maior risco de pneumonia.
As pneumonias virais podem ser causadas por muitos tipos diferentes de vírus, incluindo o vírus da gripe. Ocorrem mais comumente no outono e no inverno. As pneumonias virais podem ser complicadas por pneumonias bacterianas. As mulheres grávidas e pessoas com doença cardíacas ou pulmonares crônicas podem ter pneumonias graves pelo vírus da gripe.
Outros microorganismos causadores da pneumonia são o Mycoplasma (segunda causa mais freqüente de pneumonia), Chlamydia (relativamente freqüente), e Legionella (incomum, mas causa muitos casos de pneumonia grave). Esses agentes, assim como os vírus, podem ser contagiosos, acometendo várias pessoas que convivem em um mesmo ambiente.
Pessoas com uma diminuição do sistema de defesa do organismo, como os portadores de HIV e pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia, podem ter pneumonia por agentes infecciosos incomuns. O Pneumocystis carinii é um fungo que comumente causa pneumonia em pessoas com AIDS.
  

Sintomas


  • Febre alta;
  • Tosse;
  • Dor no tórax;
  • Alterações da pressão arterial;
  • Confusão mental;
  • Mal-estar generalizado;
  • Falta de ar;
  • Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada ou cor de tijolo, às vezes com rajas de sangue;
  • Toxemia; e
  • Prostração.

  

Tratamento


  O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, antimicóticos ou antivirais em caso de origem bacteriana, fúngica ou viral, respectivamente. A melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando o paciente é idoso, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Coqueluche


  É uma das mais famosas doenças da infância, causada pela bactéria Haemophilus pertussi, que se instala na mucosa das vias respiratórias (laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos). A proliferação das bactérias causa forte irritação, com grande produção de muco (catarro). Toxinas produzidas pelas bactérias irritam terminações nervosas, desencadeando acessos de tosse, típicos da doença.
A coqueluche é prevenida pela vacina tríplice, que protege também contra a difteria e o tétano. Essa vacina é administrada em três doses, uma a cada trinta dias, a partir do segundo mês de vida.

 

Diagnóstico


  Em média, os sintomas começam 7 a 10 dias após a exposição à bactéria causadora da coqueluche. As bactérias invadem o revestimento da garganta, da traquéia e das vias aéreas, aumentando a secreção de muco. A princípio, o muco é fluido, mas, a seguir, ele torna-se mais espesso e viscoso. A infecção dura aproximadamente seis semanas, evoluindo em três estágios: estágio catarral (sintomas leves semelhantes ao de um resfriado), estágio paroxísmico (episódios de tosse intensa) e estágio de convalescença (recuperação gradual). O médico que examina uma criança no primeiro estágio (catarral) tem de saber diferenciar a coqueluche da bronquite, da gripe e de outras infecções virais e inclusive da tuberculose, uma vez que todas essas doenças produzem sintomas parecidos. O médico coleta amostras de muco do nariz e da garganta com uma zaragatoa. A seguir, é realizada a cultura da amostra em laboratório. Quando a criança se encontra no estágio inicial da doença, a cultura do material consegue identificar as bactérias responsáveis pela coqueluche em 80 a 90% dos casos. Infelizmente, a cultura dessas bactérias nas fases mais avançadas da doença é difícil, embora a tosse esteja em sua pior fase. Os resultados podem ser obtidos mais rapidamente através do exame de amostras para detectar bactérias da coqueluche utilizando corantes de anticorpos especiais, mas esta técnica é menos

 

Sintomas


  Após período de incubação de 5 a 10 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com rinorreia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas. A inflamação dos brônquios, com áreas de necrose, aumenta nesta fase.
Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vômitos. A tosse segue-se a uma inspiração com som caracteristico, tipo silvo (mais conhecido como "guincho").
Se o doente sobreviver, a fase de convalescença dura também várias semanas. A pertússis mata 1-2% das crianças com menos de um ano atingidas.
Pode haver encefalopatia, presumivelmente devido à toxina, em 0,4% dos casos.
As complicações possíveis são devidas a organismos (como pneumococos ou Haemophylus influenzae) que aproveitam as lesões da mucosa para invadir o parênquima pulmonar, causando pneumonia.

Tratamento


  A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação (é incluída na antiga tríplice agora, tetravalente) é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a doença dos países onde é praticada eficientemente.
O tratamento com antibióticos como macrolídeos é mais eficaz se administrado durante a fase catarral. Na fase paroxística já há pouco a fazer.

 

Prevenção


  As crianças são vacinadas sistematicamente contra a coqueluche. Em geral, a vacina contra coqueluche é combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a vacina DTP (difteria-tétano-pertússis). O antibiótico eritromicina é administrado como medida profilática às pessoas expostas à coqueluche.

Tuberculose



  A tuberculose - chamada antigamente de "peste cinzenta”, e conhecida também em português como tísica pulmonar ou "doença do peito" - é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a Humanidade nos dias atuais. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch. Estima-se que a bactéria causadora tenha evoluído há 40.000 anos, a partir de outras bactérias do gêneroMycobacterium.
A tuberculose é considerada uma doença socialmente determinada, pois sua ocorrência está diretamente associada à forma como se organizam os processos de produção e de reprodução social, assim como à implementação de políticas de controle da doença. Os processos de produção e reprodução estão diretamente relacionados ao modo de viver e trabalhar do indivíduo.
A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença. Porém, o bacilo da tuberculose pode afetar também outras áreas do nosso organismo, como, por exemplo, laringe, os ossos e as articulações, a pele (lúpus vulgar), os gânglios linfáticos (escrófulo), os intestinos, os rins e o sistema nervoso. A tuberculose miliar consiste num alastramento da infeção a diversas partes do organismo, por via sanguínea. Este tipo de tuberculose pode atingir as meninges (membranas que revestem a medula espinhal e o encéfalo) causando infecções graves denominadas de "meningite tuberculosa".

 

Diagnóstico


  Uma avaliação médica completa para a tuberculose inclui um histórico médico, um exame físico, a baciloscopia, o teste subcutâneo de Mantoux, uma radiografia do tórax e culturas microbiológicas.

 

Sintomas mais comuns


  • Tosse com secreção
  • Febre (mais comumente ao entardecer)
  • Suores noturnos
  • Falta de apetite
  • Emagrecimento
  • Cansaço fácil
  • Dores musculares
  • Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais graves.

Em diversos países houve a idéia de que por volta de 2010 a doença estaria praticamente controlada e inexistente. No entanto, os adventos do HIV e da AIDS mudaram drasticamente esta perspectiva. No ano de 1993, em decorrência do número de casos da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de emergência global e propôs o DOTS (Tratamento Diretamente Supervisionado) como estratégia para o controle da doença.

Tratamento


  A prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença. Se houver a contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida. O tratamento dura em torno de seis meses. Se o tuberculoso tomar as medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%. É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam.